A Palavra

Eugene H. Peterson, professor emérito do Regent College, em Vancouver – Canadá, diz o seguinte: Esse livro (a Bíblia) nos torna participantes no mundo da existência e da ação de Deus; nós não participamos dele em nossos próprios termos. Não elaboramos a trama nem decidimos qual será o nosso personagem. Esse livro tem poder gerador: coisas acontecem conosco quando permitimos que o texto nos inspire, nos estimule, repreenda, apare as arestas. Ao chegar ao fim desse processo, não somos mais a mesma pessoa.

quinta-feira, 3 de março de 2016

A VERDADE QUE LIBERTA


Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho. Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. I João 5.10-12

Muito do que se vê por aí hoje em dia, são palavras acariciando o engano e, dessa forma, conduzindo um número cada vez maior de pessoas à morte espiritual. Em nome do respeito à liberdade de credo, que eu acho válido, procuramos sempre não ofender o amigo, o conhecido ou o parente. Concordo com isso, porém, não podemos fechar os olhos (e os ouvidos) para coisas que sabemos que levarão as pessoas que amamos, ou que simplesmente conhecemos, a um estado de perdição espiritual irreversível, isso não é amor e nem é fé. É apenas um estado de inércia que beira a preguiça espiritual. É claro que é muito mais fácil nos abstermos de discordâncias e situações de confronto de ideias; isso não dá ibope e traz rótulos indesejáveis para a nossa vida. Aliás, todo mundo tem direito de escolha, e isso é uma grande e terrível verdade. Às vezes, precisamos respeitar a escolha do outro se ele decidir ir para o inferno. No entanto, se nos colocamos como "seguidores" de uma fé e temos certeza da verdade doutrinária que gera essa fé, temos, no mínimo, a obrigação ética (se não fraterna) de propagar (e comprovar) aquilo em que cremos para que mais pessoas possam ser beneficiadas pelas verdades da nossa crença.

É lógico que isto é complicadíssimo! Pois assim como temos a obrigação de manifestar nossa crença, visto que o propósito dela é o bem comum e não apenas a nossa salvação, temos também que respeitar os limites que o direito do outro em sua liberdade religiosa carrega. Fica bem difícil, pois a verdade já foi completamente relativizada; você tem sua fé do ponto de vista budista, ele tem sua fé do ponto de vista kardecista, eu tenho minha fé do ponto de vista cristão e assim vai... Todos creem na sua própria verdade. Seria maravilhoso se isso funcionasse no mundo espiritual e redundasse em salvação para todo mundo. Mas não consigo ver essa possibilidade, até porque se todas as verdades pudessem ser consideradas absolutas, a mentira (realidade que se opõe à verdade) não existiria e não faria sentido termos nascido com a faculdade de escolha. Para quê? Se a verdade está em tudo e paira no ar à disposição de todos para decidirem qual delas mais se encaixa em suas preferências; isso pode ser qualquer outra coisa, menos "verdade".

Creio, sim, que existe uma única Verdade, que é absoluta e se sobrepõe a todas as demais pseudoverdades que são criadas, muitas vezes, por nós mesmos para validar algo que achamos mais fácil de seguir do que aquilo que já foi estabelecido. No entanto, é preciso muito cuidado na recriação de princípios que não podem ser mudados, pois têm suas origens na fonte da Verdade Absoluta; é justamente este o laço mais perigoso que nos leva a criar pseudoverdades.

Jesus quando esteve em nosso mundo ensinou veementemente aos Seus discípulos que Ele era o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim de todas as coisas. (Apocalipse 21.6). Quando se despediu dos discípulos disse também, claramente: "Eu sou o caminho, a VERDADE, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. (João 14.6). Mais adiante no mesmo capítulo Ele promete enviar o Espírito Santo dizendo: "E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da VERDADE, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós." João 14.16-17.

Por isso, devemos tomar muito cuidado ao aceitar princípios transformados que não tiveram suas origens no Espírito da Verdade que foi enviado por Jesus Cristo aos que n'Ele creem. Isso é o sinal claro para reconhecermos uma "pseudoverdade". Explicando a missão do Espírito Santo, Jesus diz: " ... Quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a TODA VERDADE..." João 16.13. Temos fonte segura onde buscar a verdade, portanto, nem desculpas teremos se optarmos por seguir orientações divergentes das que nos ensina o Espírito Santo. Deus te dê um profundo discernimento baseado na Verdade Absoluta para que você jamais seja enganado nem por filosofias humanas, nem por caminhos espirituais ilusórios e muito menos pelo inimigo da alma humana, aquele que na Bíblia é chamado de Pai da mentira, ou Diabo, que é tão real quanto você e eu, por mais que você não acredite.

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