A Palavra

Eugene H. Peterson, professor emérito do Regent College, em Vancouver – Canadá, diz o seguinte: Esse livro (a Bíblia) nos torna participantes no mundo da existência e da ação de Deus; nós não participamos dele em nossos próprios termos. Não elaboramos a trama nem decidimos qual será o nosso personagem. Esse livro tem poder gerador: coisas acontecem conosco quando permitimos que o texto nos inspire, nos estimule, repreenda, apare as arestas. Ao chegar ao fim desse processo, não somos mais a mesma pessoa.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

NATAL PARA SEMPRE


Nos dias em que Jesus nasceu, o Imperador Cesar Augusto publicou um decreto convocando toda a população para um recenseamento. Todos deviam alistar-se em sua própria cidade, o local de origem da sua família. Por isso, José e Maria tiveram que sair de Nazaré, na Galileia, para ir à cidade de Davi, na Judeia, que chamava-se Belém, pois José era da família de Davi.


 Aqueles que estão familiarizados com a Bíblia conhecem toda a história em seus detalhes. Vou relembrar um pouco dela para os que não costumam ler a Palavra e desconhecem certas particularidades que acabam sendo muito importantes para a compreensão do quanto esta história registrada no evangelho de Lucas é linda e sobrenatural realmente. Nada acontece por mero acaso, tudo é orquestrado pelo Poder maior do Universo que conhecemos por “Deus” e chamamos, sem medo de errar, de Senhor dos senhores, pois Ele está acima de qualquer divindade pelo simples fato de ter sido a origem da vida em todos os sentidos.

Quando digo que Ele está acima de qualquer divindade, quero justamente hierarquizar mesmo. Existem deuses e semideuses adorados de formas variadas e considerados poderosos em muitas religiões, aos quais são atribuídos até mesmo feitos sobrenaturais além de uma vida acima dos níveis considerados normais para um ser  comum, portanto, recebem a adoração de seus devotos. Mas, existe “YAHWEH”, que desde os tempos ignorados pela mente humana decidiu revelar-Se em nosso tempo (Chronos) para dar a conhecer a Sua glória e o Seu poder que está acima de todos os poderes já descobertos e que são apenas reflexos desse Poder maior, cedidos por pouco tempo e com prazo de validade inclusive.

Esse Poder maior é a origem de tudo, tudo emanou d’Ele e para Ele voltará um dia como está registrado em Sua Palavra escrita que chamamos de Bíblia; e que nos foi dada por revelação do Seu Espírito Santo para orientação e condução do destino de todas as coisas até o momento em que tudo tornará a Ele mesmo nos tempos eternos que são de Sua exclusiva propriedade e autoridade. Foi exatamente isso que o Espírito Santo fez com que Paulo registrasse em sua carta aos Romanos no capítulo 11, verso 36: “...Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente....”

Nisso cremos, pela fé, que é também dada pelo Espírito Santo àqueles que a buscam com coração sincero. Pois bem, esse Deus dos deuses, é Único; Ele criou todas as coisas, os “universos” que compõem o Universo tiveram sua origem n’Ele e são medidos por Ele a “palmos”, como nos mostra esse texto lindo escrito por um de Seus profetas maiores, Isaías: “Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a palmos; eu os chamarei, e aparecerão juntos. Palavra de YAHWEH pela boca de Isaías e registradas em seu livro no capítulo 48, verso 13, confira lá. 

Esse mesmo Deus, tão grande em poder e força, infinito e Criador da própria Eternidade, saiu do Seu trono de glória e santidade absoluta no macrocosmos e decidiu entrar no nosso microcosmos, com um tempo limitado e sujeito a variações, com nossas impurezas, deteriorações, e mediocridades tais que nem mesmo podemos estabelecer qualquer comparação com a perfeição do lugar onde Ele habita... E mais! Decidiu descer em “figura humana”, despido de toda Sua glória e de todo Seu poder para fazer-Se “igual” a nós. E sabe por quê? Por amor à “coroa” da Sua criação: o ser humano. Para que pudéssemos fazer parte da Sua família nos tempos eternos, quando tudo retornar a Ele que é a origem da vida. Isso vai se cumprir porque Ele “vela pela Sua palavra”. Essa declaração é d’Ele mesmo, YAHWEH, ou Javé ou ainda Jeová, nas varias grafias conhecidas, e tornou-se manifesta pela boca de outro profeta sendo registrada em seu livro na Bíblia, que leva seu nome: Jeremias no capítulo 1, verso 12... confira também, vale a pena: “...E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.”

Nada está solto ao vento e sendo movimentado pelo acaso apenas, não se engane. Deus está no controle de tudo e todas as suas profecias se cumprirão, simplesmente porque Ele verbalizou isso. Por isso, atente para tudo o que está escrito. Ele criou todas as coisas pelo poder da Sua “Palavra” e A revelou ao mundo. Não é por mero acaso que Jesus foi chamado de “Verbo da vida”. Leia esses textos extraídos do evangelho de João:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (João 1:1)
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1:14)
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. (João 1:4)

O recenseamento citado acima, no início do texto, e que foi convocado por Cesar Augusto nos dias em que Maria estava para dar à luz, estava debaixo do olhar atento deste Deus Poderoso que vela para fazer com que sua Palavra seja cumprida. José e Maria estavam em Nazaré, na Galileia, onde moravam. Mas, havia uma profecia bíblica dada por Deus registrada no Velho Testamento, séculos atrás, uma promessa d'Ele para a humanidade de que o Messias, Rei de Israel e Salvador dos seres humanos nasceria na cidade de Belém. Veja o texto a que me refiro: “Mas tu, Belém Efrata, que és pequena para se achar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de ser reinante em Israel; e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde a eternidade.” (Miquéias 5:2)

Assim como esta, há muitas outras profecias sobre Jesus como nosso Salvador, Rei e resgatador do gênero humano. Todas se cumpriram para a primeira vinda de Jesus ao nosso tempo e espaço; esse período maravilhoso chamado Natal. Outras mais ainda se cumprirão para a segunda vinda d’Ele que também é uma promessa declarada e revelada nas Escrituras. Ele voltará para os que pertencem à Sua família, comprados pelo penoso sacrifício que ele fez ao nascer, viver e morrer como um simples ser humano para dar origem “novamente” a seres capazes de participar da Sua glória na Eternidade.

Natal é isso, é a época mais linda, mais sobrenatural e mais carregada de Amor que existe. É “Deus conosco”, o Amor personificado vivendo entre nós e “em nós” para nos aperfeiçoar e nos reconduzir ao Seu reino de luz. Por isso, podemos e devemos festejar esse nascimento com muito brilho e alegria, com muita festa, mas também com profunda reverência por essa Presença Santa que se tornou realidade um dia, por um breve tempo, em Sua forma física, em nosso microcosmos, mas que se mantém real até agora em Espírito tanto aqui como no macrocosmos onde Ele habita enchendo o Universo com Seu poder e glória.

Abrindo o nosso coração para o Seu Espírito entrar, seremos regenerados e santificados para que um dia possamos nos reunir com Deus Pai, Deus filho e Deus Espírito Santo não mais por “breve tempo”, mas por toda a Eternidade, esse é o Seu tempo na Sua dimensão. Poderemos, então viver em clima de "Natal para sempre", com o Amor preenchendo todos os espaços e todos os milissegundos em nossa vida com perfeição absoluta.

Porque assim diz o Alto e o Excelso, que habita na eternidade e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e humilde de espírito, para vivificar o espírito dos humildes, e para vivificar o coração dos contritos. Isaías 57:15

Feliz Natal...  


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO



“...E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais. Mas, com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós...” I PEDRO 1:17-20.

Continuando mais ou menos no mesmo tema do primeiro artigo de 2018, gostaria de explicar melhor as razões de ser tão importante colocarmos o reino espiritual em primeiro plano na nossa vida. Por que foi que eu decidi estudar mais as coisas espirituais e convidei vocês, que se atrevem a ler esse blog, a fazer o mesmo? Apenas porque as coisas espirituais são, desde sempre, as coisas mais importantes para nós como seres humanos; digo, a razão pela qual fomos criados é exatamente esta: Fomos criados com espírito, alma e corpo, por um Deus que é Espírito, e fomos criados para tornar conhecida a glória e o poder de quem nos criou e manifestar o mundo espiritual em que Ele vive; interagindo com Ele nos Seus propósitos aqui para o mundo material e visível.

Ah, quer dizer que esse Deus tem um propósito para esse planeta tão minúsculo entre tantos outros no Universo? Pois é, tem sim, e por mais que seja difícil de acreditar ― para alguns ― esse propósito foi muito bem planejado e estabelecido antes de Deus criar as primeiras coisas e o ser humano para povoar a Terra. Deus sabia muito bem o que estava fazendo, aliás, como sempre soube e sempre saberá, portanto, nada do que foi feito surgiu do acaso. As coisas foram planejadas e previstas desde antes da fundação do mundo, como mostram os versos que eu tirei da primeira carta escrita pelo apóstolo Pedro aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, e fiz questão de colocar ali no começo. Releia se você achar necessário.

Já ouvi alguém dizer que se Deus “soubesse” a bagunça que ia virar a Terra nem teria perdido tempo em trabalhar nela. Acontece que Deus “sabia” muito bem que poderia dar nisso, embora, TALVEZ, Ele preferisse que as coisas acontecessem de outro modo. Por que eu digo TALVEZ? Por que não tenho certeza disso e há versículos na Bíblia que "parecem" mostrar que seria necessário acontecer essa confusão toda, desde Adão, para que Deus pudesse revelar a magnitude do Seu poder e principalmente da Sua misericórdia ao ser humano. Alguns dos versos que sugerem esse pensamento são, por exemplo, esses que estão escritos no livro de Romanos capítulo 9: 20-24, leia com muita atenção:

Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?
E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;
Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou,
Os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?

Ainda assim, não me atrevo a dizer que Ele “queria” mesmo que desse nisso; a vontade de Deus não foi totalmente descoberta aos olhos do ser humano. Deus mesmo disse que as coisas ocultas pertenciam a Ele, e as reveladas aos homens (Deut.29:29), então, sabemos que algumas coisas ficariam ocultas para serem reveladas apenas depois. Mas Deus, com certeza, teria muitos meios, infinitos até, e inimagináveis pela nossa mente limitada para manifestar a Sua glória e amor a quem quer que fosse. Quem poderia garantir que Adão e Eva iriam cair na conversa do lado oposto incentivando-os a desobedecer a Deus, se Deus deu a eles a oportunidade de escolher, não acham? Se eles não tivessem desobedecido, uma coisa eu tenho certeza, Deus saberia revelar toda Sua glória e misericórdia do mesmo jeito, de outra forma, talvez sem tanto sofrimento como foi necessário. Assim como Ele tinha um plano para o caso de errarmos, Ele, com certeza, seria Soberano para criar qualquer outro plano para o caso de não termos desobedecido para permitir a entrada do pecado no mundo.

Sabemos, porém, que Ele sabia, sim, que o ser humano poderia escolher qualquer caminho, pois o próprio Deus o criou com habilidade e liberdade suficientes para isso, pois fomos criados “à semelhança de Deus” e em muitas outras partes na Bíblia vemos Deus orientando o povo a “escolher”... Escolher o caminho certo, “escolher” a quem servir, “escolher” entre a vida e a morte, etc... Para isso Ele nos deu a capacidade de escolha, tanto que Ele orientou os primeiros seres criados a não se alimentarem do conhecimento do bem e do “mal” para que não morressem; e por que Ele avisaria se quisesse mesmo que eles comessem? Ou se Ele, por acaso, "precisasse" que isso acontecesse, por que ele alertaria tanto?

Uma coisa apenas é certa; Deus “podia saber” que o homem escolheria errado por Sua presciência, isso é lógico; pois o tempo, como o conhecemos, com passado presente e futuro, estava inteiramente descoberto diante de Deus. Ele não habita dentro do nosso tempo (Chronos) e não é guiado por passado nem presente nem futuro. Ele é aquele que habita fora da nossa dimensão temporal e tem o Seu próprio tempo, que é eterno. Ele pode decidir o que faz com o Seu tempo (Kairós) que está sempre presente diante d’Ele e, portanto, sujeito à Sua vontade de tal forma que Ele poderia até mesmo “escolher” também se queria saber ou não saber o resultado do que estava fazendo, olhar ou não olhar para dentro do Seu tempo, assim como escolhe olhar ou não olhar para dentro do nosso tempo também, isso é Soberania. Deus decide as coisas segundo a sua vontade, para isso Ele é Soberano. Acho, sinceramente, que foi por isso mesmo que Ele “decidiu descer e ver”, como se ainda não soubesse, o que acontecia nas cidades de Sodoma e Gomorra antes de destruí-las, veja o registro lá em Gênesis 18:20-21: “Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito,
Descerei agora, e verei se com efeito têm praticado segundo o seu clamor, que é vindo até mim; e se não, sabê-lo-ei”.
  Deus é tão Soberano que pode, sim, decidir se “quer” tomar conhecimento de algo ou não.

Enfim, como não podemos afirmar nada nesse sentido, apenas inferir, o melhor mesmo é reconhecermos a Soberania, a Presciência, o Poder e o Amor de Deus pelo simples fato de que Ele desejou, verdadeiramente, SE revelar a nós para fazermos parte da Sua glória e da Sua família. E, para tanto, estabeleceu um plano antes ainda da fundação do mundo para o caso de não conseguirmos nos manter em perfeição para podermos interagir com Ele. E mais lindo ainda, para nos incluir em Sua família, fomos criados à “Sua imagem e semelhança”, fato que, em minha opinião, repito: é apenas a minha opinião, sugere que Deus queria alguém para interagir efetivamente com Ele, com vontade própria, com quem Deus pudesse ter o prazer de esperar o inesperado, de estabelecer um diálogo, ou de receber adoração genuína, como Ele merece.  Visto que tudo mais está sob o controle total de Deus, nada mais pode interagir com Ele por vontade própria, justamente por não ter essa capacidade dada exclusivamente ao ser humano. Mais uma vez vale reler alguns textos em que podemos sentir que essa capacidade nos foi concedida de fato:

Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.” Deuteronômio 30:19
 “Se, porém, não lhes agrada servir ao Senhor, escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor".  Josué 24:15
“Povo rebelde, obstinado de coração e de ouvidos! Vocês são iguais aos seus antepassados: sempre resistem ao Espírito Santo!”  Atos 7:51

Como se vê, podemos escolher; resistir ou aceitar o que Deus nos oferece. E Deus escolheu também, desde antes da fundação do mundo, que Ele mesmo desceria até nós para nos resgatar se escolhêssemos erradamente como de fato aconteceu. Como eu já disse muitas vezes aqui mesmo no blog, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são UM. Quando Jesus foi escolhido como Cordeiro de Deus, lá na eternidade ainda, para fazer a expiação pelos pecados e imperfeições do ser humano, caso fosse necessário, não foi apenas Jesus quem sofreu. Este foi um trabalho conjunto, um “penoso trabalho”, de Amor inexplicável por parte da Trindade Santa. Trabalho que foi perfeitamente cumprido, com o derramamento do sangue de Jesus, pela sua morte e sua ressurreição, segundo a lei espiritual que rege o mundo de Deus. Em Jesus somos aperfeiçoados, justificados e resgatados da lei do pecado e da morte. Só podemos mesmo adorar a um Deus assim, com toda nossa alma, nossa vida e nosso entendimento, e é por isso também que eu busco entender cada vez mais as coisas do reino d’Ele, faça isso também, você só tem a ganhar.

Versos da Bíblia para você analisar:

 "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas. Hebreus 10:10

"Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor. Porei as minhas leis em seus corações e as escreverei em suas mentes";
e acrescenta: "Dos seus pecados e iniquidades não me lembrarei mais".
Onde essas coisas foram perdoadas, não há mais necessidade de sacrifício pelo pecado. Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus...”  Hebreus 10:16-19

“sabemos que ninguém é justificado pela prática da lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela prática da lei, porque pela prática da lei ninguém será justificado.” Gálatas 2:16





domingo, 21 de janeiro de 2018

METAS... METAS... METAS... 2018...


 Pois é, eu estava aqui pensando; o ano de 2018 já chegou, já se instalou e já se foi a primeira metade do primeiro mês. Eu não escrevi ainda meu artigo sobre as metas para o Ano Novo e ele, daqui a pouquinho, fica velho outra vez. 

Fico me perguntando: O que será mais importante  e que deva ocupar meu tempo em 2018?

Então, vamos lá... exatamente como fazemos a cada novo ano que se inicia.

Esse blog é para coisas eternas, mas, para alcançarmos essas coisas, temos que passar pelas temporárias. É aqui, neste mundo “temporário”, que vamos aprender sobre e como alcançar uma vida que não será mais abalada por nenhum tipo de “final”. Pensando assim, parece muito estranho, mas foi para isso mesmo que fomos criados; para uma vida sem fim, e é para isso que passamos por esta vida limitada, só para aprender sobre as coisas que são eternas e sobre o propósito da nossa existência.

A cada ano que se inicia, nossa determinação se renova para atingirmos metas que não conseguimos atingir no ano que acabou. Isso é muito bom e necessário para não desanimarmos com o andamento da vida que nem sempre nos permite chegar onde planejamos. Cada recomeço, novo ano, nova manhã, nova etapa, tudo isso nos estimula a seguirmos em frente e nos ajuda a “tentar mais uma vez”. Até nisso a Bíblia serve para nos animar e encorajar; veja o que está escrito lá no Salmo 30 verso 5 parte b: ...”Ao anoitecer pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã”. Ufa! Graças a Deus!!! Sempre que um novo dia chega, com ele vem a nossa chance de tentar outra vez, de recomeçar e evitar os erros do dia anterior. Vamos, portanto, valorizar mais cada dia recebido pois é uma oportunidade que não sabemos se vamos ter outra vez, ninguém é dono do amanhã, apenas do seu momento presente.

Como eu disse acima, esse blog foi criado para falar das coisas eternas, por isso, o meu propósito para esse ano, em primeiro lugar, logicamente, será buscar muito mais os instrumentos que me podem trazer crescimento nessa área; ou seja; estudar mais ainda a Palavra de Deus, que é eterna, e que é o motivo da existência desse espaço virtual. Todos os artigos nesse blog, como vocês já perceberam, tratam de assuntos e acontecimentos atuais aqui desse nosso mundo passageiro, porém, são sempre vinculados aos assuntos e acontecimentos que ocorrem ou ocorreram ou ainda vão ocorrer no mundo espiritual, que é eterno. Isso para lembrar a vocês, e a mim mesma também, que essas duas dimensões são paralelas e que nós estamos aqui apenas por um tempo, mas, temos outro destino definitivo. Estamos aqui para construir esse destino definitivo através dos ensinamentos que recebemos de Deus, a quem pertence o nosso destino e a nossa vida, pois assim nos garante a Bíblia, a Palavra revelada de Deus e escrita há milênios, lá no livro de Romanos, capítulo 11, verso 36: “...Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas...”

O destino que tinha sido criado por Deus para a humanidade era uma coisa muito linda e perfeita; fomos criados para ter íntima comunhão com Ele e fazer parte de Sua imensa e eterna família que teve início no Éden, com os primeiros seres humanos criados e com os quais Deus iniciou essa comunhão. No relato da criação, que muitos chamam de mito, outros chamam de alegoria, não importa, o que importa é que Deus cuidou para que ficasse registrado para o nosso conhecimento; pois bem, ali, nesse relato, podemos ver isso. No capítulo 3 de Gênesis no verso 8 está escrito que Deus vinha, na viração do dia, encontrar-se com o homem no jardim onde Adão e a sua mulher habitavam, para conversarem.Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.”

Era para haver um encontro natural de Deus conosco desde o início, porém, nos desviamos desse propósito divino, logo no início, quando os primeiros seres humanos sucumbiram à curiosidade de saber como era conhecer tudo, o bem e o mal, achavam que saberiam o que fazer com isso, mas acabaram tendo que se esconder de Deus envergonhados. A primeira “oposição” a Deus por parte da humanidade surgiu justamente da vontade desses primeiros seres humanos, que o próprio príncipe do mal colocou em suas mentes, em saber quais eram as coisas opostas à vontade de Deus e que não tinham sido reveladas a eles pelo próprio Deus, que sabia muito bem o que estava fazendo, mas, eles queriam ver, conhecer, saber como funcionava a coisa toda, queriam ser iguais a Deus. O inimigo espiritual, que eu chamo de príncipe do mal, sabia muito bem disso e aproveitou-se da primeira oportunidade que encontrou para instigar a mente dos seres humanos a entrar em áreas que Deus não havia permitido por prever que nós não saberíamos o que fazer com o conhecimento do mal. Fomos criados à “semelhança” de Deus e não “iguais” a Ele para absorver o conhecimento de tudo e ter controle sobre o mal. Logo o ser humano percebeu isso, bastou a primeira desobediência.

Enfim, é por causa disto que o mundo está como está hoje. Mas, Deus, que já sabia que poderia dar nisso que deu, porque Ele mesmo criou o homem com vontade própria, já se preveniu de antemão providenciando o resgate da humanidade por meio de um alto preço sobre o qual falaremos mais tarde. Pra você ver como Deus investiu altíssimo na nossa criação; era mesmo decisão e vontade d’Ele nos colocar em Sua família, fosse como fosse, custasse o que custasse. Ele sabia que o ser humano, criado com livre arbítrio, poderia tanto acertar como errar nas suas escolhas. E, nós erramos, isto está muito claro, basta olhar o caos que virou o mundo. Mesmo assim, Ele não desistiu nem da criação e nem de pagar pelos erros que nós poderíamos cometer. Ele já tinha um plano ajustado na eternidade entre Ele mesmo, Deus Pai; seu filho Jesus; e o Espírito Santo para o caso de nós fazermos a escolha errada. Que Trindade maravilhosa e incomparável!! Ai de nós se não fosse esse plano, porque a bagunça começou logo cedo, com os primeiros humanos criados, como se vê no relato de Gênesis e como se confirma até hoje! E o pior é que a gente não muda, continua “se achando”.

Levando em consideração esses pontos, para mim, o mais importante nesse ano que se inicia, será justamente me adequar o máximo que eu puder aos propósitos de Deus para a minha vida, principalmente porque eu sei bem o preço que Ele pagou para que eu viesse a existir e pudesse também fazer parte da família d’Ele. O mínimo que eu posso fazer é buscar conhecer melhor a sua vontade para a minha vida e refletir toda a luz que Ele quiser jogar em mim. Tudo o que for de Deus e eterno terá sempre o primeiro lugar para mim e eu convido você a investir nisso também. O que construímos aqui vai ficar por aqui mesmo, mas o que conseguirmos construir para a outra dimensão é o que vai permanecer eternamente. Portanto, se eu posso te desejar algo de verdadeiro e de valor é isto que eu desejo: que você tenha essa mesma preocupação; de conhecer o que é eterno e que está reservado pra você.

No próximo artigo quero continuar falando sobre isso, entrando na questão da providência de resgate determinada por Deus antes ainda da criação do nosso planetinha. Não perca de ler. Frisando: são valores reais e eternos, invista nisso com todos os recursos que você tiver – mente, alma e espírito. Dois versículos bíblicos para você meditar aí abaixo. Que 2018 seja especial na sua vida!!!

Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Filipenses 4:8

Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas.
Colossenses 3:2


domingo, 24 de dezembro de 2017

A LUZ DO NATAL




“Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” João 12:46

Essas palavras são do próprio Jesus quando Filipe e André foram dizer a ele que os gregos queriam vê-lo. Ele sabia que sua hora estava se aproximando e que logo teria que enfrentar a cruz carregando o peso do pecado de toda a humanidade. Todos; gregos, romanos, fariseus e judeus, até aquele instante, ainda se perguntavam quem era Jesus e procuravam vê-lo para obter dele respostas que ele mesmo já se cansara de dar. Tinham visto muitos sinais que ele fizera e, mesmo assim, ainda estavam cheios de dúvidas sobre a verdadeira identidade do Mestre que o mundo da época começava a seguir.

Jesus sempre respondia estimulando o povo a crer, por si mesmo, pois todos, principalmente os judeus, conheciam as profecias a seu respeito. Sabiam que ele viria; todos esperavam o Messias; segundo a palavra dos profetas de antigamente. Porém, muitos esperavam um Messias preocupado com as questões políticas e sociais daquela época. Coisas importantes, verdade, mas, que estavam em desarmonia justamente porque as pessoas só se preocupavam com o que era terreno, esquecendo-se do que era espiritual e que poderia realmente “mudar” todas as facetas das necessidades humanas não só daquela época, mas, de todos os tempos. Ninguém percebia que para haver justiça verdadeira; paz; respeito pelo ser humano e amor incondicional, era preciso uma regeneração do espírito humano. Esperavam um Messias que viesse lutar por eles e corrigir as desigualdades sociais, as mazelas de todos, a violência, etc... exatamente como todo ser humano espera, até hoje.

Não foram poucas as vezes que fariseus, saduceus e incrédulos da época inquiriam Jesus sobre sua “verdadeira” identidade, pois, embora muitas vezes ele lhes respondesse claramente, nunca conseguiam acreditar em suas palavras, mesmo vendo seus milagres e reconhecendo que ninguém agia como ele, dentre todos os profetas que conheciam e respeitavam. No livro de João, capítulo 12, versos 42 e 43, ele registra o seguinte sobre essa situação: “... muitos líderes dos judeus creram nele. Mas, por causa dos fariseus, não confessavam sua fé, com medo de serem expulsos da sinagoga; pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus.”

 Muitos da época de Jesus desprezaram a luz e escolheram as trevas, ou porque eram orgulhosos demais e temiam perder o respeito na sociedade em que viviam, ou porque temiam a rejeição dos líderes daquele tempo ou ainda porque tinham medo de perder a autoridade sobre o povo. Não perceberam que estavam selando seu próprio destino pela incredulidade nas palavras que Jesus insistia tanto em declarar, explicar e confirmar por meio dos sinais e milagres que fazia. Isso não mudou muito até os dias de hoje, vemos isso em todo canto. Porém Jesus foi muito claro quando disse:
“Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas palavras; a própria palavra que proferi o condenará no último dia. Pois não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou me ordenou o que dizer e o que falar. Sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu digo é exatamente o que o Pai me mandou dizer.” Registrado lá em João 12;48-50.

Deus, o Pai, de tal forma amou a humanidade que enviou seu próprio Filho para nascer em forma humana e resgatar as pessoas que tiveram sua natureza corrompida pela desobediência no início da raça humana. Jesus nasceu exclusivamente para isso, para expiar o pecado que corrompeu a natureza humana e recriar um novo homem, renascido do Espírito Santo e reconciliado com a santidade de Deus. Mas, infelizmente, até hoje, muitos ainda têm dúvidas sobre isso e não reconhecem a função sacerdotal de Jesus e seu papel de Redentor absoluto do espírito humano.

Ele veio como Luz, para nos tirar das trevas da nossa própria ignorância, orgulho e da tentativa de nos colocarmos, por nós mesmos, em condições de santificação para entrar na presença de Deus. Só Jesus recebeu essa autoridade no mundo espiritual. Foi para isso que ele veio em forma humana, para nos recriar através de um novo nascimento espiritual, que só conseguimos pela fé no seu sacrifício, quando então poderemos ser chamados de “filhos de Deus”. Que neste Natal, possamos perceber isso e abrir bem os nossos olhos espirituais para que não sejamos cegos tateando em busca de outros caminhos que não nos levarão para a casa do Pai.

Veja o que está escrito em João capítulo1: versos 1; 4;11;12;13; e 14. Isso é um resumo do que Jesus se propôs a fazer em nosso favor em total acordo com Deus Pai e Deus Espírito Santo. Ele deixou a sua glória junto do Pai para tornar-se humano junto conosco.

No princípio era aquele que é a Palavra (Jesus, Deus Filho). Ele estava com Deus e era Deus. Ele estava com Deus (o Pai) no princípio. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. Veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória. Glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” Parêntesis acrescentados.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

DOIS PODERES A NOSSO FAVOR


Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Hebreus 4:14,15

Todo cristão sabe que suas orações são atendidas se forem feitas com fé. A fé é primordial para que sejamos ouvidos por Deus; como nos mostra o verso 13 que está no livro de Jó no capítulo 35. “Só gritos vazios Deus não ouvirá, nem atentará para eles o Todo-Poderoso.” Podemos estar clamando diante de Deus, aos berros mesmo, mas se não tivermos fé, nossos brados serão para Ele como “gritos vazios” apenas. Coisa vã, só isso.

No entanto, além da fé, podemos contar com uma ajuda muito poderosa para que as nossas orações cheguem a Deus e sejam ouvidas realmente. Quem de nós nunca esteve tão desesperado ou desesperada que até orar parecia algo impossível. Nesses momentos, as palavras somem, ou então, quando as encontramos e usamos, elas não parecem ter a força suficiente nem para transpor o teto quanto mais para atingir os céus. Pois bem, graças a Deus mesmo, nossas orações não precisam contar apenas com a nossa capacidade de demonstrar a fé que temos ou com a nossa habilidade no uso das palavras ou mesmo nossa força de expressão para convencer a Deus. Isso nunca funcionaria mesmo pois Deus sabe que somos pó.

O que precisamos na realidade, no momento da oração, é simplesmente usar os meios certos, ou seja: aqueles que o próprio Deus nos ensinou quando andou entre nós na Pessoa de Jesus. Existe a fé, fator indispensável, mas, precisamos nos lembrar que não é a fé em qualquer coisa ou qualquer pessoa que vai funcionar. Se usarmos outros meios, poderemos até ser ouvidos mas não poderemos ter certeza se fomos atendidos por Deus. Jesus deixou claro para todos os discípulos e para todos os que creem, que Ele é o caminho para chegarmos ao Pai. Veja esses dois versículos bíblicos: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Escrito em João 14:6 e também este no verso 13 do mesmo livro e mesmo capítulo: “E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. 

Temos dois intercessores que nos ajudam nos céus. Jesus Cristo, nosso Advogado junto ao Pai e o Espírito Santo. Seja para alcançarmos alguma graça para suprir nossas necessidades ou para alcançarmos perdão quando pecamos. Vejam esses dois versos bíblicos: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” (I João 2:1) e este outro: “Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Romanos 8:33,34.

E para aqueles momentos em que passamos por coisas que nos tiram as palavras, que até mesmo nos endurecem o coração, quando não sabemos como orar porque o medo, a dor ou a tristeza são muito grandes, podemos contar com o Consolador, o Espírito Santo que nos assiste em toda e qualquer fraqueza de uma maneira que o coração do Pai jamais desprezaria. Veja isto registrado lá em Romanos 8:26: “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”

Portanto, seja qual for o problema ou o tamanho dele, não devemos esquecer nunca que temos dois poderes aos quais podemos recorrer segundo a própria legislação celestial. Com certeza absoluta encontraremos socorro nos céus em toda e qualquer circunstância, até quando nem mesmo sabemos como orar. Deus já deixou tudo preparado e mais do que explicado para os que são dele, só precisamos exercitar isso sempre, lembrando que Deus é um Pai de amor.

Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. Hebreus 4:16.

domingo, 3 de dezembro de 2017

QUANDO APENAS AMAR NÃO RESOLVE...






Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
Romanos 12:18

Tenho visto um comportamento, acentuado ultimamente, que me assusta pelo perigo embutido que carrega. Isso vem acontecendo com muitas pessoas de bem, nas diversas camadas sociais e também dentro da Igreja em várias denominações. É um comportamento conformista dirigido pelo pensamento de que o verdadeiro cristão deve aceitar tudo em nome da paz e em nome do amor ao próximo. Esse é o principal mandamento e, portanto, deve ser observado seja a que preço for. Respeito a tudo e a todos porque assim manda a cartilha da boa cidadania e do cristianismo moderno e sem preconceitos.

O perigo mora exatamente aí. O custo-benefício desse comportamento será mesmo favorável ao cristão no final? Estou falando de “eternidade” ... E não apenas a ele, cristão, mas ao seu próximo também? Nem tudo o que traz aparência de bem ou de amor se mostra assim no fim da estrada. O engano usa exatamente esta porta para entrar; a porta do bem aparente, da liberdade sem limites disfarçada de “democracia”; da negligência pela alma do outro disfarçada de respeito por sua opinião, etc... Há caminhos que ao homem parecem direitos, mas ao final darão em caminhos de morte, diz o verso 12 lá do capítulo 14 de Provérbios.

Até que ponto estamos realmente cumprindo o mandamento de amar ao nosso próximo quando evitamos tocar em certos assuntos que na opinião dele, ou da maioria, só dizem respeito a ele mesmo? Será que foi isso mesmo que Jesus mandou fazer? Deixar o próximo viver a vida como ele quiser por respeito às suas convicções mesmo quando estejam em desacordo com o que o próprio Deus falou? Isso é mesmo amor ao próximo? Ou apenas amor a nós mesmos e à nossa própria tranquilidade e segurança evitando confrontos; talvez, ainda, um cuidado com a nossa própria imagem, afinal, muitas vezes não “agradamos” quando precisamos contrariar a vontade alheia, pelo contrário, seremos, com certeza perseguidos e rejeitados, taxados disto e daquilo. Porém, “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus,” diz Mateus 5:10

É claro que precisamos respeitar a opinião do nosso próximo, caso ele não queira de modo algum ouvir e ponderar sobre outra interpretação de textos e fatos, afinal, cada um tem uma visão de mundo que depende de muitos fatores e experiências que não poderiam ser abordados aqui por completo. Cada indivíduo interpreta fatos e conceitos de acordo com a bagagem recebida na vida, e age a partir dessa interpretação, mas suas atitudes influenciam o meio em que vivemos e, portanto, ninguém é, nem de longe, isento de responsabilidade com o que gera à sua volta devido ao seu comportamento; ninguém se livrará de responder por sua omissão e também pela intromissão quando sem limites. É preciso equilíbrio mesmo, em tudo, mas não podemos esquecer do perigo de deixarmos nossa mente se habituar aos conceitos deturpados que andam infestando cabeças por aí.

Paulo, considerado o maior dos apóstolos apesar de ter sido, de início, um dos maiores perseguidores do pensamento cristão, alertou em Romanos 12:2 – “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” A nossa mente precisa ser renovada de acordo com a perfeita vontade de Deus e não conforme os padrões deste mundo, os quais podemos muito bem perceber que se tornam a cada dia mais pervertidos, fato este anunciado na Bíblia também, portanto, nem poderemos alegar que não sabíamos que isso aconteceria.

Se todos pudessem viver sem se preocupar com o que acontecerá com os outros, sem temer o resultado
a curto, médio ou longo prazo das atitudes de cada um, seria uma tranquilidade. Seria muito mais fácil, para todos, se as coisas funcionassem exatamente assim na vida e dessem certo também na pós-vida. Mas a Bíblia, que norteia as atitudes cristãs, não mostra as coisas exatamente assim. Em Tiago 4:17 está escrito: “Aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando.” Somos responsáveis uns pelos outros não apenas nas obras sociais, lutando pelo bem-estar terreno das pessoas à nossa volta, mas principalmente pelo destino do espírito delas que será eterno, um destino que passa infinitamente além dos 80, no máximo 100 anos de vida que teremos por aqui.

Para isso, devemos, claro, respeitar as convicções alheias, isto é até óbvio, mas não podemos fugir da obrigação de manifestar o que pensamos e por que pensamos sobre determinados comportamentos. O que manda a Bíblia é isso: “Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; Hebreus 3:13;  E ainda, em Ezequiel 33:8: “Quando eu (Deus) disser a um ímpio que ele vai morrer, e você não o advertir nem lhe falar para dissuadi-lo dos seus maus caminhos para salvar a vida dele, aquele ímpio morrerá por sua iniquidade; mas para mim você será responsável pela morte dele.”

Não devemos mascarar a fé no que cremos ser a verdade, se é que cremos mesmo, apenas por medo de ofender a crença do outro. Ele tem direito de manifestar suas crenças tanto quanto nós temos, isso é indiscutível! Porém, não antes de cada um expor seus motivos e provar suas convicções para exaurir as dúvidas dos dois lados. Quando já se tem certeza, a discussão é desnecessária. SE nós “realmente” cremos em algo, aquilo é verdadeiro para nós e a nossa obrigação é trazer a verdade à luz; "Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte...ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa. (Mateus 5:14-15); O que diz a verdade manifesta a justiça, mas a falsa testemunha diz engano. Provérbios 12:17

Se para ele, nosso próximo, o que cremos não tiver o mesmo significado de verdade que ele busca, a nossa parte terá sido cumprida; pelo menos, teremos cumprido nossa parte revelando o que para nós é verdade por entendermos que o próximo seria beneficiado por ela tanto quanto nós. Isso é amor e cuidado pelo próximo... Precisamos, sim, firmar e confirmar o nosso amor ao próximo quando ele está errado, isto é realmente essencial, já que somos todos feitos da mesma matéria; podemos estar bem hoje e cair amanhã, quando também precisaremos de amor, cuidado e firmeza de terceiros, não somos perfeitos, basta lembrar do que está escrito em I Coríntios 10:12: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, veja que não caia”. Porém, devemos sim, evitar qualquer coisa que se pareça com simpatia pelo pecado e cuidar de nós mesmos tanto quanto do nosso próximo. O amor verdadeiro muitas vezes exige que sejamos firmes e até combativos em favor da restauração do outro.

Se, porém, não cremos verdadeiramente naquilo que afirmamos, se não acreditamos do fundo do coração, é melhor calarmos a boca mesmo. Mas se cremos, seremos no mínimo “negligentes, egoístas e desobedientes à Palavra” se nos omitirmos, quer seja por respeito, por educação ou medo de ofender. Estaremos menosprezando o próximo ao pensar que só nós temos direito à verdade e aos benefícios que sabemos que ela nos trará. Afinal de contas, são verdadeiros os princípios em que cremos ou não? Acreditamos que eles nos trarão vida e todos os benefícios inseridos nesses princípios ou não podemos afirmar isso com certeza? Se alguém não tem certeza do que crê, então que fique na sua mesmo, mas não atrapalhe o verdadeiro cristão, aquele que crê na Palavra de Deus, de cumprir o seu papel. 

A democracia é um “bem” real que vem sendo deturpado ultimamente. E por que vem sendo deturpado? Justamente para que seja aberta essa porta chamada liberdade sem limites por onde entra o engano de que todos têm o direito de buscar a felicidade seja onde for, a que preço for e NINGUÉM tem nada com isso. MENTIRA DO INFERNO ESSA! Criada para gerar passividade na Igreja atuante! Se eu conheço uma verdade e deixo de anunciar por “respeito” ao direito que o outro tem de errar, eu estou fazendo qualquer coisa, menos demonstrar amor ou cuidado pelo próximo.

Que amor é esse que conhece o despenhadeiro no final do caminho e “deixa” que o outro siga adiante, sem freios, em nome da democracia, em nome de um respeito “fora de hora” pelo direito do outro de escolher andar por ali porque esse caminho o faz mais feliz? Deixaríamos alguém se matar só porque ele está convencido de que isso é bom para ele? Nunca! Deixaríamos uma criança brincar com uma faca bem afiada só porque ela quer e acha que consegue brincar com aquilo sem se machucar? Claro que não!

Então, como deixar que crianças fiquem à mercê de um perigo tão grande como uma escolha que vai influenciar sua vida toda quando ainda não há maturidade suficiente para tanto e sua mente pode ser usada como terreno para desvios de toda espécie? Refiro-me, aqui, à ideologia de gênero e ao suposto incentivo à cultura e liberdade de expressão que temos visto ultimamente e que percebemos ser um veneno para sociedade e pedra de tropeço para pessoas mais fracas emocionalmente. E nem é preciso ser sociólogo ou psicólogo para sentir cheiro de caos em tudo isso!

Quer elevar ou destruir uma sociedade, comece com as crianças. “Ensina à criança no caminho em que deve andar e ainda quando for velha não se desviará dele” – ou, na NVI – “Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.” Provérbios 22.6... esse é o versículo mais batido em qualquer Igreja que se preocupa com o futuro das suas crianças. Jesus foi tão claro e contundente quanto a isso quando disse: "Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo. Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar. Ai do mundo, por causa das coisas que fazem tropeçar! É inevitável que tais coisas aconteçam, mas ai daquele por meio de quem elas acontecem!” Mateus 18:5-7... Deus me livre de estar entre estes!

Se nós lutamos tanto para preservar a vida física (que sabemos ser passageira) como não lutaríamos para preservar a vida do espírito dos seres humanos que é eterno? Não nos preocuparíamos com nossos conhecidos, amigos, filhos, parentes, se percebermos uma noção enganosa rodeando a alma deles? Isso pode ser tudo, menos amor ao próximo! Isso tem cheiro de egoísmo se eu estou bem, os outros que façam da vida o que quiserem tem cheiro de desprezo pelo destino alheio, de preguiça de arregaçar as mangas para lutar por alguém, cheiro de menosprezo pelo destino da alma do outro, cheiro de medo de alertar para não se meter em confusão, não queimar a própria imagem, cheiro de comodismo, tudo isso, menos amor ao próximo. 

Vejo isso como uma armadilha que o príncipe das trevas plantou no caminho dos filhos da luz para apanhar até os escolhidos; e está funcionando, porque vemos muitos cristãos por aí acariciando a cabeça do pecado e convenhamos, pecado bem cabeludo junto com a cabeça do pecador achando que estão simplesmente “amando e respeitando” o seu próximo. Estão evitando “julgar” já que não lhes cabe esse direito, mas também estão evitando alertar para desarraigar o mal, tornando-se passivos diante do pecado. Esquecem -se que devemos “examinar” tudo e reter o que é bom; não se trata de “julgar” o pecador, mas de evitar o pecado exatamente como orienta a Palavra de Deus: “... ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda forma de mal. I Tessalonicenses 5:21-22 . E, muito importante também: “Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.” Escrito em Tiago 5.20.

Quem ama cuida, nem que, para isso, seja necessário pesar a mão ou o verbo. Jesus não desprezou nenhum pecador, sentava-se à mesa com eles, mas com um propósito bem definido, o de “alertar” e orientar. E mandou que fizéssemos o mesmo. Detalhe: quando foi preciso ele usou até um chicote e, em outras ocasiões, foi bem duro nas palavras, porque sabia que o Seu Reino e os seus valores estavam sendo deturpados. Repetindo: Seus valores eram eternos e não prazeres passageiros; em nome disso Ele venceu até as próprias necessidades físicas “normais” do corpo humano que Ele usou enquanto esteve aqui conosco, mas nunca negligenciou os valores de Deus, pelo contrário, entregou seu próprio corpo como sacrifício para que pudéssemos ser reintegrados à santidade de Deus. Hoje, o que se vê é muita gente “sacrificando” o espírito, que é eterno, em favor do corpo físico que dura no máximo cem, cento e tantos anos quando muito abençoado com saúde, e sendo incentivados e até aplaudidos por alguns que se consideram cristãos.
   
“LEAIS SÃO AS FERIDAS FEITAS PELO AMIGO, MAS OS BEIJOS DO INIMIGO SÃO ENGANOSOS” - PROVÉRBIOS 27:6

O QUE JUSTIFICA O ÍMPIO, E O QUE CONDENA O JUSTO, TANTO UM COMO O OUTRO SÃO ABOMINÁVEIS AO SENHOR. Provérbios 17:15

sábado, 15 de abril de 2017

ONDE ESTÁ ELE?

Uma das coisas mais lindas que eu assisti na minha vida, foi a Paixão de Cristo encenada no Teatro ao vivo de Nova Jerusalém, Pernambuco. Como muitos sabem, é um teatro onde você acompanha os artistas, caminhando de palco em palco, onde são montadas as cenas. Você tem a sensação de estar vivendo mesmo tudo aquilo. Chorei de me acabar, claro, mas o que mais me emocionou foi a ressurreição, quando Jesus sai daquela tumba com roupas brancas e um aspecto tranquilo de paz, porém, com um brilho especial que confirmava a vitória e autoridade estrondosas que Ele tivera sobre a morte e os seus executores; totalmente diferente de quando fora colocado ali na sexta-feira, depois da Sua morte na cruz.

Esta cena descrita abaixo por João, um dos seus discípulos, também é linda e nos enche de esperança ao lembrarmos que, um dia, também o veremos, vestido de toda sua glória e majestade. Leia com o espírito rendido a este fato; Ele ressuscitou mesmo!

No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena chegou ao sepulcro e viu que a pedra da entrada tinha sido removida.
Então correu ao encontro de Simão Pedro e do outro discípulo, aquele a quem Jesus amava, e disse: "Tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o colocaram! "
Pedro e o outro discípulo saíram e foram para o sepulcro.
Os dois corriam, mas o outro discípulo foi mais rápido que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.
Ele se curvou e olhou para dentro, viu as faixas de linho ali, mas não entrou.
A seguir Simão Pedro, que vinha atrás dele, chegou, entrou no sepulcro e viu as faixas de linho, bem como o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus. Ele estava dobrado à parte, separado das faixas de linho.
Depois o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, também entrou. Ele viu e creu.
( Eles ainda não haviam compreendido que, conforme a Escritura, era necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos. )
Os discípulos voltaram para casa. Maria, porém, ficou à entrada do sepulcro, chorando. Enquanto chorava, curvou-se para olhar dentro do sepulcro
e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e o outro aos pés.
Eles lhe perguntaram: "Mulher, por que você está chorando? " "Levaram embora o meu Senhor", respondeu ela, "e não sei onde o puseram".
Nisso ela se voltou e viu Jesus ali, em pé, mas não o reconheceu.
Disse ele: "Mulher, por que está chorando? Quem você está procurando? " Pensando que fosse o jardineiro, ela disse: "Se o senhor o levou embora, diga-me onde o colocou, e eu o levarei".
Jesus lhe disse: "Maria! " Então, voltando-se para ele, Maria exclamou em aramaico: "Rabôni! " (que significa Mestre). Jesus disse: "Não me segure, pois ainda não voltei para o Pai. Vá, porém, a meus irmãos e diga-lhes: Estou voltando para meu Pai e Pai de voc
ês, para meu Deus e Deus de vocês".

Foi para nos tornar “filhos” de Deus, como Ele, que Jesus enfrentou tudo aquilo. E o mais importante: Ele venceu e está vivo, em outra dimensão, onde também estaremos um dia, festejando a sua vitória e adorando ao único Deus que pode garantir a vida eterna aos que são seus filhos. Deus é “infinitamente” Santo e absolutamente Perfeito; apenas Ele mesmo poderia nos aperfeiçoar até este nível. E foi isso mesmo que Ele fez ao enviar Jesus para nascer de modo sobrenatural, viver e morrer, também de modo sobrenatural, visto que Ele nunca pecou apesar de estar revestido da natureza humana. Se não fosse pelo sacrifício, em pureza absoluta, de Jesus, não haveria como purificar o nosso espírito da degeneração que o pecado nos trouxe, nem poderíamos apagar nossos erros e anular nossos defeitos ao ponto de satisfazer a perfeição de Deus, por mais que vivêssemos zilhões de vidas e enfrentássemos outros zilhões de mortes.


Graças a Jesus, não precisamos disso, porque a morte dele cumpriu todos os requisitos da perfeição absoluta de Deus. Ele conquistou para nós a justificação, o perdão e a santidade necessária para que possamos também ser filhos do Altíssimo. Alegre-se! Ele está vivo e venceu a morte e o pecado por nós!!!!