A Palavra

Eugene H. Peterson, professor emérito do Regent College, em Vancouver – Canadá, diz o seguinte: Esse livro (a Bíblia) nos torna participantes no mundo da existência e da ação de Deus; nós não participamos dele em nossos próprios termos. Não elaboramos a trama nem decidimos qual será o nosso personagem. Esse livro tem poder gerador: coisas acontecem conosco quando permitimos que o texto nos inspire, nos estimule, repreenda, apare as arestas. Ao chegar ao fim desse processo, não somos mais a mesma pessoa.

domingo, 24 de dezembro de 2017

A LUZ DO NATAL




“Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.” João 12:46

Essas palavras são do próprio Jesus quando Filipe e André foram dizer a ele que os gregos queriam vê-lo. Ele sabia que sua hora estava se aproximando e que logo teria que enfrentar a cruz carregando o peso do pecado de toda a humanidade. Todos; gregos, romanos, fariseus e judeus, até aquele instante, ainda se perguntavam quem era Jesus e procuravam vê-lo para obter dele respostas que ele mesmo já se cansara de dar. Tinham visto muitos sinais que ele fizera e, mesmo assim, ainda estavam cheios de dúvidas sobre a verdadeira identidade do Mestre que o mundo da época começava a seguir.

Jesus sempre respondia estimulando o povo a crer, por si mesmo, pois todos, principalmente os judeus, conheciam as profecias a seu respeito. Sabiam que ele viria; todos esperavam o Messias; segundo a palavra dos profetas de antigamente. Porém, muitos esperavam um Messias preocupado com as questões políticas e sociais daquela época. Coisas importantes, verdade, mas, que estavam em desarmonia justamente porque as pessoas só se preocupavam com o que era terreno, esquecendo-se do que era espiritual e que poderia realmente “mudar” todas as facetas das necessidades humanas não só daquela época, mas, de todos os tempos. Ninguém percebia que para haver justiça verdadeira; paz; respeito pelo ser humano e amor incondicional, era preciso uma regeneração do espírito humano. Esperavam um Messias que viesse lutar por eles e corrigir as desigualdades sociais, as mazelas de todos, a violência, etc... exatamente como todo ser humano espera, até hoje.

Não foram poucas as vezes que fariseus, saduceus e incrédulos da época inquiriam Jesus sobre sua “verdadeira” identidade, pois, embora muitas vezes ele lhes respondesse claramente, nunca conseguiam acreditar em suas palavras, mesmo vendo seus milagres e reconhecendo que ninguém agia como ele, dentre todos os profetas que conheciam e respeitavam. No livro de João, capítulo 12, versos 42 e 43, ele registra o seguinte sobre essa situação: “... muitos líderes dos judeus creram nele. Mas, por causa dos fariseus, não confessavam sua fé, com medo de serem expulsos da sinagoga; pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus.”

 Muitos da época de Jesus desprezaram a luz e escolheram as trevas, ou porque eram orgulhosos demais e temiam perder o respeito na sociedade em que viviam, ou porque temiam a rejeição dos líderes daquele tempo ou ainda porque tinham medo de perder a autoridade sobre o povo. Não perceberam que estavam selando seu próprio destino pela incredulidade nas palavras que Jesus insistia tanto em declarar, explicar e confirmar por meio dos sinais e milagres que fazia. Isso não mudou muito até os dias de hoje, vemos isso em todo canto. Porém Jesus foi muito claro quando disse:
“Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas palavras; a própria palavra que proferi o condenará no último dia. Pois não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou me ordenou o que dizer e o que falar. Sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu digo é exatamente o que o Pai me mandou dizer.” Registrado lá em João 12;48-50.

Deus, o Pai, de tal forma amou a humanidade que enviou seu próprio Filho para nascer em forma humana e resgatar as pessoas que tiveram sua natureza corrompida pela desobediência no início da raça humana. Jesus nasceu exclusivamente para isso, para expiar o pecado que corrompeu a natureza humana e recriar um novo homem, renascido do Espírito Santo e reconciliado com a santidade de Deus. Mas, infelizmente, até hoje, muitos ainda têm dúvidas sobre isso e não reconhecem a função sacerdotal de Jesus e seu papel de Redentor absoluto do espírito humano.

Ele veio como Luz, para nos tirar das trevas da nossa própria ignorância, orgulho e da tentativa de nos colocarmos, por nós mesmos, em condições de santificação para entrar na presença de Deus. Só Jesus recebeu essa autoridade no mundo espiritual. Foi para isso que ele veio em forma humana, para nos recriar através de um novo nascimento espiritual, que só conseguimos pela fé no seu sacrifício, quando então poderemos ser chamados de “filhos de Deus”. Que neste Natal, possamos perceber isso e abrir bem os nossos olhos espirituais para que não sejamos cegos tateando em busca de outros caminhos que não nos levarão para a casa do Pai.

Veja o que está escrito em João capítulo1: versos 1; 4;11;12;13; e 14. Isso é um resumo do que Jesus se propôs a fazer em nosso favor em total acordo com Deus Pai e Deus Espírito Santo. Ele deixou a sua glória junto do Pai para tornar-se humano junto conosco.

No princípio era aquele que é a Palavra (Jesus, Deus Filho). Ele estava com Deus e era Deus. Ele estava com Deus (o Pai) no princípio. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. Veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória. Glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” Parêntesis acrescentados.

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